Lideranças do PSDB em Mato Grosso do Sul ainda estão desconfiados de que a aliança do partido como o Podemos pode não sair do papel. Embora as duas siglas tenham aprovada a junção, ainda há impasse sobre como ela deve ser concretizada.
Publicamente, as lideranças falam em fusão, mas internamente a discussão é de incorporação, onde o podemos se uniria ao PSDB, simplesmente desaparecendo.
A medida foi a saída encontrada para evitar a debandada do PSDB, já que com a incorporação quem é filiado não poderá sair do partido sem janela partidária.
Lideranças tucanas que acreditam nesta incorporação avaliam que no Podemos não há grande restrição, o que não deve provocar muitas baixas. Se confirmada a incorporação, os filiados ao Podemos poderão deixar o partido em 30 dias.
Uma parte do grupo tucano que comanda o partido em Mato Grosso do Sul não está convencida de que o Podemos aceitará o desaparecimento e querem “ver para crer”.
A previsão é de que os dois partidos fechem o acordo até o começo do mês, para depois tentarem uma federação com o Republicanos.
Se esta composição der certo, é grande a possibilidade de permanência do governador Eduardo Riedel (PSDB), por exemplo, agora o único governador tucano no PSDB.
No entendimento da maioria das lideranças do PSDB de Mato Grosso do Sul, a fusão apenas com o Podemos não muda muita coisa para o partido, que continuará com pouco tempo na propaganda e de recurso para campanha.
Descontentes com a junção apenas com o Podemos, grande parte dos filiados em Mato Grosso do Sul torce para a fusão, que permitirá a saída sem perda de mandato. Se isso se concretizar, o maior partido do Estado tende a desaparecer.
Vereadores tucanos avaliam que a fusão não seria um mal negócio, já que liberaria todo mundo para escolher um novo partido. É o caso da Capital, onde quase todos os vereadores devem concorrer a deputado. Com a fusão, eles terão condições de escolherem partidos com mais chances de vitória.
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