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Ex-secretárias, servidores e empresários são denunciados por desvios de R$ 10 milhões em Água Clara

Envolvidos fraudavam licitações e servidores recebiam propina de empresários

por Nathally Martins da Silva Bulhões

Celso Bejarano

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao ), braço do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), denunciou dez pessoas, entre as quais secretárias municipais, servidores públicos e empresários, por organização criminosa, fraude em licitação e .

Os crimes foram praticados nas prefeituras de  e , ambas administradas pelo Todos os envolvidos estão presos.

Na Justiça, o MP separou os processos e, inicialmente, apresentou denúncia referente aos crimes praticados na prefeitura de Água Clara, cidade de cerca de 18 mil habitantes, distante 207 km de Campo Grande.

Conforme as investigações, o grupo teria arrecadado em torno de R$ 10 milhões no período de 2022 a início de 2025.

A denúncia ofertada ocorreu no âmbito da “Malebolge” [pecados de fraude], operação do Gaeco, deflagrada em fevereiro deste ano. Embora a investida dos investigadores tenha ocorrido há dois meses, os criminosos já eram ‘espionados’ desde 2023.

De acordo com a denúncia, a qual o Jornal Midiamax teve acesso, foram denunciadas as seguintes pessoas:

  • Adão Celestino Fernandes, 64 [administrador de empresa];
  • Adriana Rosimeire Pastori Fini, 54 [secretária de Educação da prefeitura de Água Clara];
  • Ana Carta Benette, 36 [servidora pública da prefeitura de Água Clara];
  • Denise Rodriges Medis, 33 [secretária de Finanças];
  • Ícaro Luiz Almeida Nascimento [empresário];
  • Jânia Alfaro Socorro, 51 [servidora pública];
  • Kamilla Zaine dos Reis Santos Oliveira, 30 [servidora pública];
  • Leonardo Antônio Siqueira Machado, 29 [empresário];
  • Mauro Mayer da Silva, 27 [empresário]
  • Valmir Deuzébio, 56 [comerciário].

Os dez implicados foram denunciados por integrar organização criminosa, fraude à licitação, peculato, corrupção ativa e passiva e falsidade documental, crimes que superam, se condenados, com folga, a pena de dez anos de prisão.

Ainda, conforme o Gaeco, as licitações eram fraudadas com ajuda dos servidores que, para criar um aspecto de legitimidade, simulavam as concorrências com documentos falsos.

A secretaria municipal de Educação era quem mais promovia as licitações. Os materiais adquiridos eram superfaturados ou, nem sequer, entregues.

Gaeco cumpriu mandados em prefeituras com apoio do Choque (Fala Povo, Jornal Midiamax)

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