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Cidade de MS registra dois tremores de terra em um dia

Os dois abalos sísmicos foram registrados no Estado na madrugada do dia 13; Um deles foi o de maior intensidade do ano

por Nathally Martins da Silva Bulhões

KARINA VARJÃO

Dois tremores de terra foram registrados na madrugada desta terça-feira (13) em uma região do Estado próxima ao município de Sonora, distante 360 km de Campo Grande. Os eventos tiveram magnitude 3.5 mR (magnitude na escala Richter) e foi o mais forte registrado em 2025. O outro, teve magnitude calculada em 2.1 mLv (magnitude local).

Os abalos sísmicos foram registrados pelas estações da Rede Sísmica Geográfica Brasileira (RSBR) e analisados pelo Centro de Sismologia da USP. A RSBR é coordenada pelo Observatório Nacional com apoio do Serviço Geológico do Brasil (SGB).

Ainda não há relatos de que os tremores tenham sido sentidos pela população local. O último tremor registrado em Mato Grosso do Sul ocorreu no dia 28 de abril em Miranda, com magnitude 1.6 mR.

De acordo com o Centro de Sismologia da USP, desde o início do ano, Mato Grosso do Sul registrou nove tremores de terra, com magnitude de 1.6 mR a 3.5 mR nas cidade de Miranda, Rio Negro, Bonito, Ponta Porã, Corumbá e, agora, Sonora.

Terremotos no Brasil
O País está localizado, geograficamente, no centro de uma placa tectônica, a sul-americana. Logo, o deslocamento dessa placa não causa abalos no Brasil. As placas que podem se chocar com a sul-americana são a de Nazca e sul-africana. Quanto mais perto da borda, mais probabilidade de sentir tremores de terra.

A convergência entre as placas sul-americana e Nazca é responsável pelos terremotos que acontecem na parte oeste da América do Sul, como, por exemplo, os grandes terremotos no Chile.

“Os terremotos mais fortes ocorrem nas bordas das placas tectônicas. O Chile está ao longo do limite entre a placa oceânica de Nazca (parte do fundo oceânico do Pacífico) e a placa da América do Sul. Já o Brasil está no meio da placa Sul-Americana, longe das suas bordas”, explica Marcelo Assumpção, professor da Universidade de São Paulo (USP) e doutor em Geofísica pela Universidade de Edimburgo, na Escócia.

No entanto, algumas falhas geológicas ao longo do território nacional e a construção de megacidades costeiras, contribuem para a ocorrência de tremores.

Tremores de terra de baixa magnitude são relativamente comuns no Brasil. Em geral, esses pequenos sismos são de origem natural e ocorrem devido a liberação de esforços acumulados na crosta terrestre.

De acordo com apurações, o Brasil possui em sua história, sete terremotos que causaram alguns danos onde foram sentidos. O mais recente aconteceu no estado de São Paulo (2008) e refletiu nos estados do Paraná, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Este abalo não causou acidentes.

O tremor mais forte do Brasil ocorreu em 27 de janeiro de 1955, na região da Serra do Tombador, no norte do Mato Grosso, informa o site da USP. O terremoto teve magnitude de 6.2.

Cidade de MS registra maior tremor de terra do ano nesta madrugada – Divulgação/Rede Simográfica Brasileira

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