EDUARDO MIRANDA
A chegada das megafábricas de celulose ao Estado de Mato Grosso do Sul tem proporcionado grandes investimentos em outros setores, como por exemplo, o de energia elétrica.
Nesta semana, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou mais um grande empréstimo para o Estado: serão R$ 117,5 milhões para construção de linha de transmissão de energia elétrica no Nordeste do Estado e construção de subestação na região do Pantanal.
O projeto, liberado com recursos do Finem, são para a Anastácio Transmissora de Energia S.A., que vai construir uma linha de transmissão entre as subestações de Inocência, em Paranaíba (MS) e Ilha Solteira 2, em Selvíria.
Durante a implantação o projeto deve gerar 1.550 empregos diretos e indiretos.
Metade dos recursos serão destinados à linha de transmissão entre as subestações Inocência, em Paranaíba, e Ilha Solteira 2, em Selvíria. Será uma linha de 74 km de extensão, conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN). A região em que a linha de transmissão será erguida integra o Vale da Celulose, e está na região da planta processadora da Arauco, que a empresa chilena começou a levantar em Inocência.
Subestação
Já a subestação a ser ampliada está localizada em Anastácio: , haverá a substituição dos autotransformadores trifásicos TF1 e TF2 230/138 kV de 75 MVA por duas novas unidades 230/138 kV de 100 MCA e a construção de novo pátio 138KV.
Os investimentos para cada uma das iniciativas é de R$ 58,75 milhões.
“O projeto aprovado pelo BNDES contribui para reforçar o sistema de transmissão de energia na região Centro-Oeste do Brasil, melhorando a disponibilidade e a confiabilidade do Sistema Interligado Nacional, e expandindo a capacidade de escoamento do potencial gerador de energia, sobretudo para a população do Mato Grosso do Sul, como determina o governo do presidente Lula”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
O projeto pertence ao Grupo INTERALLI, empresa paranaense que atua nas áreas de infraestrutura portuária (incluindo a operação de grãos e líquidos), energias renováveis, agronegócio e concessionárias de automóveis. As obras terão um custo total de R$ 180 milhões e a operação possui prazo de concessão de 30 anos.
Correio do Estado