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O Governo de Mato Grosso do Sul anunciou a suspensão dos prazos legais da licitação da Rota da Celulose, um dos principais projetos de infraestrutura do estado, para a realização de novas diligências administrativas. A decisão foi oficializada na quarta-feira (11) e visa atender às contestações apresentadas sobre a regularidade da habilitação do consórcio liderado pela K-Infra, vencedor do leilão realizado em maio.
De acordo com o comunicado, a comissão responsável pelo certame irá realizar diligências complementares para garantir a devida instrução do processo licitatório. Durante esse período, todos os prazos ficam interrompidos até a conclusão das medidas necessárias.
A iniciativa ocorre após a declaração de caducidade da concessão da Rodovia do Aço, no Rio de Janeiro, feita pelo governo federal. A rodovia era administrada por outra concessão da K-Infra, o que levantou dúvidas sobre a capacidade técnica da empresa para assumir a gestão de um novo projeto de grande porte.
Recurso apresentado pelo consórcio concorrente
Na semana anterior, o consórcio liderado pela XP, segundo colocado na licitação, entrou com recurso contra a habilitação da K-Infra, alegando que a situação da Rodovia do Aço compromete a credibilidade da empresa. O grupo pede que a comissão considere a inabilitação do consórcio vencedor, o que resultaria na sua própria classificação como primeiro colocado.
Além disso, o recurso aponta possíveis inconsistências nos atestados técnicos apresentados pela K-Infra e solicita que a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) conduza uma investigação mais aprofundada sobre os documentos entregues e a real capacidade de execução da proposta apresentada.
Investimento previsto supera R$ 6,9 bilhões
A proposta vencedora, apresentada pela K-Infra em parceria com a Galápagos Capital, ofereceu um desconto de 9% na tarifa máxima de pedágio, o que garantiu a liderança no certame. O projeto da Rota da Celulose prevê investimentos na ordem de R$ 6,9 bilhões, com foco na melhoria da infraestrutura logística para o escoamento da produção florestal e industrial do estado.
A suspensão dos prazos não tem data definida para ser encerrada. O governo estadual informou que novas atualizações serão divulgadas conforme o avanço das diligências.
Imagem: Divulgação