Autoridades brasileiras se refugiam em bunkers durante missão oficial em Israel

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Durante uma viagem oficial a Israel, políticos brasileiros de diversas regiões do país, incluindo representantes de Mato Grosso do Sul e do Distrito Federal, precisaram buscar abrigo em bunkers devido à intensificação das tensões entre Israel e Irã. As sirenes de alerta começaram a soar na noite de quinta-feira (12), levando os integrantes das comitivas a se protegerem conforme os protocolos locais.

Os prefeitos, secretários e vice-prefeitos participavam de compromissos institucionais em cidades como Tel Aviv, Kfar Saba e Haifa, quando foram surpreendidos pelos alertas de segurança e o fechamento do espaço aéreo israelense, inclusive para voos comerciais. A situação gerou apreensão entre os brasileiros, que passaram a madrugada em abrigos subterrâneos.

Entre os representantes sul-mato-grossenses que estão em Israel estão Christinne Maymone, secretária-adjunta da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Marcos Espíndola, da área de tecnologia da SES, e Ricardo Senna, secretário executivo de Ciência e Tecnologia. A comitiva segue acompanhando a situação e aguarda orientações para o retorno ao Brasil.

O secretário de Ciência e Tecnologia do Distrito Federal, Marco Antônio Costa, relatou à imprensa que a noite foi marcada por tensão, com sirenes tocando constantemente enquanto o grupo permanecia em um hotel na capital israelense. Também integram a comitiva do DF os secretários Ana Paula Marra (Desenvolvimento Social), Rafael Bueno (Agricultura) e José Eduardo Pereira Filho (Consórcio Brasil Central).

Outros políticos brasileiros também relataram momentos de apreensão. O prefeito de João Pessoa (PB), Cícero Lucena, afirmou ter se refugiado duas vezes em um abrigo localizado em um campus universitário. Já Johnny Maycon, prefeito de Nova Friburgo (RJ), destacou que acordou assustado com os alertas em Kfar Saba.

As vice-prefeitas Janete Aparecida (Divinópolis-MG), Maryanne Mattos (Florianópolis-SC) e Cláudia Silva Lira (Goiânia-GO) também estavam em cidades israelenses e precisaram seguir para abrigos antiaéreos. Vanderlei Pelizer, vice-prefeito de Uberlândia (MG), relatou que foi surpreendido por gritos no meio da madrugada e correu para o bunker durante o toque de recolher.

Em resposta à situação, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), acionou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, solicitando apoio para garantir a segurança e o retorno dos brasileiros. Até o momento, o Itamaraty ainda não divulgou nota oficial sobre a crise, mas a embaixada brasileira em Tel Aviv já fez os primeiros contatos com os representantes das comitivas.

Tensão cresce após ataques israelenses

O cenário de insegurança se agravou após ataques israelenses a instalações nucleares do Irã, especialmente à usina de Natanz, considerada estratégica para o enriquecimento de urânio. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou o momento como “decisivo” para o país e afirmou que novas ofensivas devem ocorrer nos próximos dias.

O ministro da Defesa, Israel Katz, declarou estado de emergência e determinou o fechamento do espaço aéreo, como forma de se precaver contra possíveis retaliações do Irã. O impasse coincide com o fracasso nas recentes tentativas de negociação entre Teerã e Washington sobre o programa nuclear iraniano.

Com voos suspensos e a escalada do conflito, os brasileiros seguem em alerta, aguardando a normalização da situação para retornarem ao país em segurança.

Imagem: Divulgação

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